terça-feira, 2 de junho de 2009

Câmaras funerárias


Dos fúnebres sarcófagos do tempo
Na espectral sombra moribunda
Adormece o calor da razão profunda
Homens abjetos de pensamento
Eis o som dantesco das múmias
Em oníssono calam a voz das auroras
Reverberando nos séculos as vãs outroras!

Ante as pálidas pétalas das flores
Que gélidas emergem de suas tumbas
Bailam as caveiras em festival de horrores
E me júbilo ressucitam de suas catacumbas
Enveredando por noites e dias medonhos
Velando sobre os últimos suspiros da verdade
A trágica e insana morte dos sonhos

-Vindes amigos. Gritam as caveiras
Navegar em vosso ébrio mar de morbidez
E ancorem no passado vossa imensa solidez
Ou mesmo nas vis e gigantes fronteiras
Que se expande na rudez de vosso navio
Nas abissais sombras da escravidão sem fim
E afogais em vosso imenso vazio

Ícaro Farias

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